Que ecoe a nossa voz!
Muito diferente dos comerciais apresentados na mídia e das campanhas publicitárias, a realidade de Brumadinho e das demais comunidades da Bacia do Paraopeba é marcada pelas contínuas consequências do crime do rompimento da barragem da Vale S.A, em 2019.
Os impactos podem ser observados em vários setores. A contaminação da água, do solo e do ar nesses territórios resultam em um contínuo processo de insegurança e adoecimento, tanto físico quanto psíquico. A contaminação por metais pesados, a falta de água, a iminência de enchentes a cada período chuvoso e a presença da lama contaminada nas cheias são alguns dos desafios que afetam a rotina dessas comunidades.
Essas são apenas algumas das marcas desse crime continuado!
O processo do luto é dificultado quando a impunidade desperta o sentimento de impotência perante a injustiça. Nem uma pessoa foi punida pela morte das 272 joias ou pelos contínuos danos causados na vida dos atingidos e atingidas.
Mas somos resistência! Mesmo com as feridas abertas, seguimos!
Memória, Justiça e Esperança são eixos que permeiam nossa caminhada. Amparados neles, seguimos rumo à Romaria pela Ecologia Integral a Brumadinho, que nesse ano de 2023 completa sua quarta edição. Fruto desse caminhar, o jornal do Coletivo de Atingidos é mais um instrumento de enfrentamento, de denúncia, mas que também celebra a memória e anuncia as boas práticas que fazem brilhar a esperança por novos dias em que
o cuidado com as pessoas e com o meio ambiente seja realidade. É a voz dos atingidos e atingidas que fazem emergir do luto de cada um, lutas comuns.
Boa leitura!
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A edição de janeiro do Jornal do Coletivo de Atingid@s está disponível também na versão impressa.